Você sabe qual a importância da previsão orçamentária para o seu condomínio?

A previsão orçamentária é um relatório anual, exigido pela Lei do Condomínio, em que os Síndicos ou Administradoras devem apresentar as despesas e receitas esperadas para o próximo ano aos condôminos. Geralmente, esse documento é preparado nos últimos meses do ano, sendo necessária a sua aprovação para que seja posto em prática no ano seguinte.

A previsão orçamentária ajuda o condomínio a se organizar para os futuros gastos, além de servir como um planejamento para ações futuras. Com ela, o gestor sabe, com antecedência, se o condomínio terá caixa disponível para uma determinada obra, quais despesas podem ser cortadas, se existe alguma oportunidade de incrementar a receita, entre outras coisas.

Com um relatório detalhado e feito cuidadosamente, essas questões podem ser respondidas e repassadas aos condôminos. Assim, é criada uma estabilidade na gestão, elaborando uma análise e aumentando a transparência na administração para todos. Além disso, a previsão também pode ser um diferencial na hora de reajustar a taxa condominial, tendo um argumento sólido para tal, ou seja, os condôminos entenderão o porquê do aumento e poderão dar opiniões e sugestões.

Agora que você já entendeu os motivos para a previsão ser feita, é hora de colocar a mão na massa e entender como fazer para o próximo ano.

O primeiro item indispensável é o levantamento de todas as receitas do condomínio, que, geralmente, vêm da taxa condominial, do aluguel de áreas comuns e de outros eventuais contratos, como o aluguel de espaços para a instalação de antenas de telefonia. Para facilitar, o Síndico pode usar a previsão do ano anterior como base.

Em seguida, deve-se comparar as receitas e as despesas do condomínio. As principais são as despesas fixas, como luz, água, gás e salários dos funcionários. O acompanhamento destas despesas ajuda na análise de como os recursos estão sendo gastos e se estão valendo a pena ou sendo desperdiçados.

O futuro não pode ser esquecido. Por isso, quem administra o condomínio deve ter uma visão ampla sobre possíveis gastos futuros. Melhorias como pinturas, reformas, adequações necessárias ou limpezas mais complexas entram nessa categoria. O documento deve conter uma prévia de quais melhorias serão necessárias no próximo ano, e quanto o condomínio espera gastar em cada uma delas.

Uma observação importante é que a gestão não pode deixar de levar em consideração a inflação anual, incluindo reajustes de contratos, despesas fixas, e, é claro, o cálculo da taxa condominial. 

Um administrador também tem que saber lidar com os problemas relacionados à inadimplência, afinal, nenhum morador está imune às dificuldades financeiras. Por isso, até a falta de pagamento precisa ser prevista para o próximo ano. Para isso, o modo mais fácil e seguro é fazer uma média entre as taxas de inadimplência dos últimos anos, uma vez que, de um ano para o outro, essa variação não é tão grande.

Por fim, o gestor deve providenciar um fundo de reserva. Na prática, a previsão orçamentária nunca condiz 100% com a realidade, já que imprevistos podem acontecer.

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