A taxa de vacância, que no 1º trimestre do ano passado, antes da pandemia, estava em 13% em São Paulo, saltou para 17,29% no 4º trimestre. No Rio de Janeiro, atingiu o percentual recorde de 24,05%, segundo consultoria Buildings.
Com a pandemia de coronavírus, o número de imóveis comerciais vagos aumentou ao longo de 2020 nos maiores centros urbanos do país e a tendência permanece de alta, segundo levantamento da consultoria Buildings, que monitora o mercado imobiliário brasileiro.
A chamada taxa de vacância, que calcula o percentual de imóveis vazios, que no 1º trimestre do ano passado (pré-pandemia) estava em 13,32% e em trajetória de queda na cidade de São Paulo, saltou para 17,29% no 4º trimestre – o maior patamar desde o 1º trimestre de 2019 (17,47%). O índice considera os prédios de escritórios de todos os tipos (classes A, B e C).
Já no Rio de Janeiro, a taxa de imóveis vagos subiu de 22,22% no 1º trimestre de 2020 para 24,05% nos últimos 3 meses do ano, novo recorde histórico, superando a marca registrada no 4º trimestre de 2017 (22,99%). Entre os imóveis classe A, o percentual foi ainda maior: 39,98%.
“Na minha percepção, 50% das empresas que devolveram é porque estão sobrevivendo bem ao modelo home office e vão continuar assim por um período. Não sei se de forma permanente, mas muitas perceberam que conseguem rodar bem assim. Os outros 50% são empresas que devolveram seus escritórios por uma pura necessidade de caixa”, avalia o especialista.