O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 1 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2016. Esta decisão, tomada por unanimidade, afeta diretamente o mercado imobiliário, porque significa um aumento no custo dos financiamentos de imóveis, tornando as parcelas mais caras para os compradores.
O cenário é especialmente complicado para a classe média, que frequentemente depende de empréstimos para comprar um imóvel. Segundo dados do Banco Central, a taxa média de juros para financiamentos imobiliários já ultrapassou 9% ao ano, um aumento significativo em relação aos patamares anteriores.
A Selic em patamares elevados encarece o crédito imobiliário, afastando compradores e aquecendo ainda mais o mercado de locação. Isso desequilibra a oferta e a demanda, pressionando os preços dos aluguéis, avaliam especialistas.
Por outro lado, a Selic deixa os imóveis mais rentáveis, o que também pode ser visto como uma oportunidade para investidores.
O quinto aumento consecutivo da taxa de juros visa conter a inflação, que, segundo projeções, deve superar o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Copom assinalou, em comunicado, que deve continuar a política de alta de juros com foco na inflação, mas com aumento menor na próxima reunião.”Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, afirmou o Comitê.
Fontes: UOL e Movimento Econômico