O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,33% em abril, contra avanço de 0,51% em março, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas era de que o índice subisse 0,35% na mediana das projeções. A variação acumulada em 2016, até abril, é de 3,30%. Já em12 meses, o IGP-M registrou alta de 10,63%. Em abril de 2015, a variação foi de 1,17%.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência e é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado apresentou taxa de variação de 0,29%. No mês anterior, a taxa foi de 0,44%. O índice relativo aos Bens Finais variou 0,30%, em abril.
Em março, este grupo de produtos mostrou variação de 1,52%. Contribuiu para este recuo o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 10,08% para 2,29%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,37%. Em março, a taxa foi de 0,40%.
Já o índice referente ao grupo Bens Intermediários variou -0,94%. Em março, a taxa foi de -0,93%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -1,40% para -1,69%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -1,03%, ante -0,77%, em março.
No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou 1,78%, em abril. Em março, o índice registrou variação de 0,82%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: soja (em grão) (-6,73% para -1,59%), milho (em grão) (3,94% para 7,59%) e minério de ferro (5,23% para 7,11%). Em sentido oposto, destacam-se: mandioca (aipim) (-3,37% para -12,71%), aves (4,34% para 0,93%) e fumo (em folha) (6,25% para -0,59%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,39%, em abril, ante 0,58%, em março. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (1,12% para 0,85%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de 8,02% para 4,99%.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (-0,06% para -0,28%), Despesas Diversas (1,90% para 0,33%), Comunicação (1,13% para 0,18%), Transportes (0,54% para 0,33%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,01% para -0,07%). Nestas classes de despesa, os destaques foram: empregados domésticos (0,83% para 0,12%), cigarros (4,08% para 0,40%), tarifa de telefone móvel (2,30% para 0,76%), etanol (3,59% para -1,39%) e excursão e tour (-0,68% para -3,81%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,73% para 1,33%) e Vestuário (0,33% para 0,37%). Nestas classes de despesa, destacaram-se: medicamentos em geral (0,23% para 3,15%) e roupas masculinas (0,34% para 0,68%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em abril, variação de 0,41%, abaixo do resultado de março, de 0,79%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,29%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,38%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou taxa de 0,52%. No mês anterior, este grupo variou 1,16%.
(O Globo)